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Mercado de trigo segue travado no Sul do Brasil enquanto Chicago acumula quedas com ampla oferta global

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O mercado de trigo no Sul do Brasil segue com ritmo fraco e preços em leve queda, reflexo do avanço da colheita e da demanda industrial ainda retraída. De acordo com a TF Agroeconômica, os preços permanecem praticamente estáveis no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, mas mostram tendência de baixa no Paraná, onde a colheita já ultrapassa 60%.

No Rio Grande do Sul, o mercado futuro está lateralizado, com negócios pontuais a R$ 1.150,00 por tonelada, posto moinho. No entanto, há pouco interesse de venda por parte dos produtores. Os moinhos projetam valores próximos de R$ 1.100,00 para novembro, enquanto o estado inicia a nova safra com uma das menores vendas antecipadas dos últimos anos — apenas 130 mil toneladas, contra 300 mil registradas no mesmo período de 2024.

Os preços pagos ao produtor (“na pedra”) giram entre R$ 62,00 e R$ 64,00 por saca, dependendo da região.

Santa Catarina segue dependente de trigo do RS e do PR

Em Santa Catarina, o mercado segue praticamente travado, com os moinhos se abastecendo em estados vizinhos. Mesmo com alguns produtores pedindo R$ 1.250,00 FOB pelo trigo novo, não há confirmação de negócios. Os preços locais ao produtor recuaram para R$ 62,00 em Chapecó e R$ 65,00 em Canoinhas, com pequenas variações regionais.

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No Paraná, colheita pressiona preços ao produtor

No Paraná, o avanço da colheita tem pressionado ainda mais as cotações. Os últimos negócios foram fechados entre R$ 1.200,00 e R$ 1.250,00 CIF, mas os moinhos já indicam valores de R$ 1.150,00 para novembro, patamar que deve se manter até o início de 2026.

Segundo levantamento da TF Agroeconômica, o preço médio pago ao produtor paranaense recuou 2,04% na semana, alcançando R$ 66,62 por saca. No mercado externo, as negociações permanecem paradas, influenciadas pelas notícias da Argentina. O trigo paraguaio é ofertado a US$ 240, enquanto compradores do Oeste paranaense indicam US$ 230 por tonelada.

Chicago acumula perdas com ampla oferta e disputa por mercados

Enquanto o mercado doméstico enfrenta lentidão, o cenário internacional também é de pressão. A Bolsa de Chicago (CBOT) registrou nesta terça-feira (7) o segundo pregão consecutivo de queda para o trigo, influenciada pela ampla oferta global e pela forte concorrência internacional por compradores.

Segundo informações da Agência Reuters, exportadores franceses fornecerão ao Marrocos cerca de 3,5 milhões de toneladas de trigo soft na safra 2025/26, o equivalente a dois terços da demanda do país africano.

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Além disso, o governo de Bangladesh aprovou a compra de 220 mil toneladas de trigo dos Estados Unidos, em um acordo governamental que visa aliviar tensões comerciais com Washington após a imposição de tarifas pelo governo de Donald Trump.

Cotações futuras recuam na Bolsa de Chicago

Os contratos de trigo com entrega em dezembro de 2025 encerraram a US$ 5,06 ¾ por bushel, queda de 6 centavos de dólar ou 1,17% em relação ao fechamento anterior. Já os contratos para março de 2026 fecharam a US$ 5,24 ¾ por bushel, recuo de 5,5 centavos ou 1,03%.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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