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Mercado de milho segue com baixa liquidez no Brasil e preços recuam na B3 e em Chicago

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O mercado de milho brasileiro iniciou a semana com pouca liquidez e negociações pontuais, refletindo a falta de consenso entre produtores e indústrias. Segundo informações da TF Agroeconômica, os principais estados produtores mantêm ritmo lento nas transações, com diferenças significativas entre ofertas e pedidos, o que tem paralisado o fechamento de contratos.

No Rio Grande do Sul, o cenário permanece travado, com negociações restritas a pequenos consumidores locais, como granjas e criadores. A oferta interna segue curta, mantendo o estado dependente de grãos vindos de outras regiões e do Paraguai. As indicações de compra variam entre R$ 67,00 e R$ 70,00 por saca, enquanto as pedidas permanecem firmes entre R$ 70,00 e R$ 72,00/saca. No porto, o milho futuro para fevereiro de 2026 é cotado a R$ 69,00/saca.

Em Santa Catarina, produtores continuam resistentes, pedindo valores próximos de R$ 80,00/saca, enquanto as indústrias ofertam cerca de R$ 70,00/saca. Essa diferença mantém as negociações praticamente paradas. No Planalto Norte, as transações seguem pontuais, com valores entre R$ 71,00 e R$ 75,00/saca, sem avanços significativos. Além disso, o avanço da semeadura e o aumento da presença da cigarrinha-das-raízes acendem o alerta entre os produtores.

No Paraná, o mercado opera em compasso de espera. A diferença entre pedidas e ofertas também impede o fechamento de novos contratos: produtores pedem cerca de R$ 75,00/saca, enquanto as indústrias mantêm propostas em torno de R$ 70,00 CIF. Apesar da ampla disponibilidade de grãos, o mercado spot segue praticamente parado.

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Já em Mato Grosso do Sul, a liquidez segue baixa, com preços estabilizados entre R$ 51,00 e R$ 54,00/saca. Os municípios de Maracaju e Chapadão do Sul se destacaram com pequenas altas durante a semana.

Queda nas bolsas reflete realização de lucros e fatores climáticos

O movimento de lentidão no mercado físico brasileiro foi acompanhado por queda nas bolsas. O milho encerrou o pregão desta terça-feira (4) em baixa tanto na B3 (Bolsa Brasileira) quanto na Bolsa de Chicago (CBOT), com investidores realizando lucros após recentes valorizações e monitorando o andamento do plantio da primeira safra, que avança em ritmo semelhante ao do ano anterior.

Na B3, os contratos futuros recuaram no dia, apesar dos ganhos acumulados na semana:

  • Novembro/2025: R$ 68,04/saca (queda de R$ 0,31 no dia, alta de R$ 0,52 na semana);
  • Janeiro/2026: R$ 71,73/saca (queda de R$ 0,36 no dia, alta de R$ 0,72 na semana);
  • Março/2026: R$ 73,22/saca (queda de R$ 0,80 no dia, ainda R$ 0,33 acima da semana anterior).

Em Chicago, as cotações também registraram queda por realização de lucros e correção técnica. O contrato de dezembro recuou 0,63%, fechando a US$ 4,31/bushel, enquanto o de março caiu 0,34%, a US$ 4,44/bushel. O movimento foi influenciado pelo aumento das vendas no mercado físico e pelas boas condições climáticas no Meio-Oeste dos Estados Unidos, que favorecem o rápido avanço da colheita, já estimada em 83% concluída.

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Safra americana recorde pressiona cotações

A consultoria StoneX elevou sua projeção para a produção de milho dos Estados Unidos, agora estimada em 425,42 milhões de toneladas, praticamente em linha com a previsão do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), de 427 milhões de toneladas. O cenário de safra recorde reforça a pressão sobre os preços internacionais e amplia a competitividade do produto norte-americano no mercado global.

Perspectivas para o mercado interno

Apesar do ambiente de baixa liquidez, o mercado brasileiro deve seguir atento à retomada das exportações e aos impactos das chuvas no Sul do país, que podem alterar o quadro de oferta e demanda nas próximas semanas. Analistas indicam que a manutenção dos preços internacionais em patamares mais baixos pode limitar os ganhos no mercado doméstico, enquanto o avanço da semeadura e a expectativa por boas produtividades mantêm o tom de cautela entre os agentes.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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