O café brasileiro enfrenta um novo ciclo de transformação. Se antes a força do setor vinha do volume e da tradição, hoje eficiência, rastreabilidade e sustentabilidade são os pilares para manter a competitividade no mercado global. Especialistas em irrigação e cafeicultura destacam que o manejo inteligente da água será o principal diferencial nos próximos anos, diante das mudanças climáticas e da crescente exigência dos consumidores.
Segundo Michele Silva, diretora de Marketing da Netafim, “o Brasil já é referência tanto no arábica, voltado à qualidade e exportação, quanto no conilon, que cresce com blends premium. O grande diferencial hoje está em quem consegue unir produtividade e qualidade”. A executiva reforça que produtores que combinam tecnologia e eficiência tendem a se destacar, já que o mercado global busca café com rastreabilidade, sustentabilidade e padrão constante.
Irrigação de precisão garante previsibilidade e qualidade
A irregularidade das chuvas e a escassez hídrica têm impactado diretamente florada e enchimento dos grãos, levando produtores a reconsiderar o manejo da água. Nesse cenário, a irrigação deixa de ser apenas técnica e se torna ferramenta estratégica de gestão da produção.
Para Ettore Vanzetti, gerente da iniciativa Café Brasil da Netafim, “a irrigação oferece previsibilidade. Com manejo correto, o produtor assegura floradas uniformes, protege investimentos e reduz os impactos do clima, tanto no arábica quanto no conilon. Isso se traduz em maior rendimento e melhor qualidade de peneira.”
Sustentabilidade e eficiência com irrigação localizada
Os sistemas de irrigação localizada permitem aplicar água e nutrientes na medida certa para cada planta, otimizando recursos e garantindo uniformidade da lavoura. Segundo Vanzetti, “o controle preciso do gotejamento aumenta a padronização, melhora a peneira e a qualidade do grão. Além de elevar a produtividade, reduz consumo de água, energia e insumos, contribuindo para a sustentabilidade do cultivo.”
O impacto é percebido em todos os segmentos da cafeicultura: no arábica, mantém o padrão premium mesmo em anos adversos; no conilon, assegura constância de safra e abertura de novos mercados. “Irrigar bem é produzir com inteligência e responsabilidade ambiental”, afirma o especialista.
Brasil no mapa global do café: produtividade e inovação
Com o consumo global em expansão, especialmente em cafés de maior valor agregado, o Brasil tem potencial para consolidar sua liderança mundial. Michele Silva destaca que isso depende da adoção de tecnologias que garantam eficiência e sustentabilidade.
“O futuro do café está em produzir mais com menos, com qualidade previsível e respeito ao meio ambiente. E a irrigação é o ponto de partida”, afirma a executiva.
Vanzetti acrescenta que a democratização do acesso à irrigação é fundamental: “O gotejamento se adapta a diferentes tipos de solo e está disponível para produtores de todos os portes, graças à nossa rede de distribuidores. É essa tecnologia que permite combinar produtividade, qualidade e responsabilidade ambiental.”
Fonte: Portal do Agronegócio
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